Título merecido no campeonato de F1 mais chato de todos os tempos
Téo José
Não tem muita coisa para falar da corrida em si nesse domingo na Índia. Mesmo com uma tática não ideal, Sebastian Vettel venceu com o pé nas costas no circuito de Buddh. Foi a 10ª vitória dele em 2013 em 16 provas e a 36ª de sua carreira em 117 corridas.
Felipe Massa e Romain Grosjean tiveram boas corridas. Fernando Alonso, com problemas logo no começo, desempenhou o GP mais apagado dessa temporada.
Tetracampeão – Sebastian Vettel, com 26 anos, conquista seu 4º título mundial. É o mais jovem piloto a conseguir essa façanha. E não me venham com a história que o carro é campeão. Esse papo já ouvia na época do Schumacher, que só conseguiu 4 títulos com 32 anos.
Vettel é, sim, um dos melhores pilotos da atualidade e um dos melhores de todos tempos. Já ganhou com 'carro pangaré' e, agora, se completa também com um dos melhores carros da F1. Se fosse apenas o carro, Mark Webber deveria ter melhores resultados.
Vettel sabe tirar tudo quando tem um carro excelente e sabe transformar um carro ruim em veloz. Como já vimos várias vezes ao longo de sua curta carreira.
Como piloto, ele tem humildade para saber das deficiências e crescer. Um piloto que não se preocupa com os adversários, porque sabe que o importa na F1 é a competência do piloto e um bom carro.
Merecido – Além do mais, tem postura, espírito e cabeça de vencedor. E o mais importante: personalidade. Não dá entrevistas pasteurizadas e nem tem comportamento fabricado. Tanto que hoje resolveu extravasar não levando seu carro para o parque fechado. Ele comemorou em frente aos boxes na base dos 'zerinhos' – inclusive atrasando a programação da etapa. Sabia que o momento era dele e de mais ninguém.
Se tem um piloto quer mereceu quatro títulos consecutivos, esse piloto se chama Sebastian Vettel.
Olhando por outro lado, no campeonato mais chato da F1 de todos os tempos, por incompetência das equipes e de muitos pilotos, vamos ter um final de temporada merecido. Ou seja, com três provas que não valem absolutamente nada.