Jorginho caiu
Téo José
O Flamengo está sem técnico. Depois da derrota para o Náutico, ontem, em Florianópolis, a diretoria foi mais rápida do que ele em definir a equipe titular e tomou a atitude de demiti-lo – ainda no hotel. A decisão veio não só pela derrota, mas pela maneira da equipe jogar e uma indecisão do treinador sobre quem deveria ser titular ou não.
Jorginho passou mais de dois meses à frente do clube e ainda não tinha em sua cabeça o 11 titulares. Sem falar que eu, particularmente, neste tempo, fiquei tentando olhar um esquema tático e estou procurando até agora.
Foram sete vitórias, quatro empates e três derrotas.
Analisando só os números, diria que o trabalho foi razoável. Vendo o time jogar, a história é outra. Falta muita coisa. Sim, também, faltam melhores jogadores, mas quando o elenco é ruim o técnico tem de fazer a diferença.
Ainda não é o caso. Nesta sua carreira de técnico ainda não vi um trabalho para servir de modelo. A melhor passagem foi pelo Figueirense.
Apesar de sempre achar que os técnicos com mais tempo de casa têm melhores chances de se dar bem, no caso do Jorginho estou com a diretoria. Não passava confiança e com um grupo limitado você precisa de gente com outro perfil para dirigir.
O importante agora é não cometer mais erros. O novo contratado deve sair até segunda-feira e vai ter pela frente mais de 20 dias, treinando, para definir seus titulares e uma esquema tático. Coisa que o Flamengo não teve, quase, nos três últimos meses.