Na Rota da Copa: falta qualidade de gente na organização
Téo José
Já tinha dito aqui em nosso espaço os problemas com a estrutura doente da Copa das Confederações no Recife. Ontem estive em Salvador, no primeiro jogo na cidade. Vitória do Uruguai [2×1] sobre a Nigéria. Passo gigante para se classificar. É bem provável que seja o adversário do Brasil. Por aqui a estrutura também é bastante doente e me parece mais por falta de qualidade das pessoas que estão em cargos importantes do processo. Aqui falta muita organização.
Quando você faz um grande evento, seja esportivo ou artístico, você precisa montar uma boa equipe, ter estrutura, fazer um check list das ações e antecipar problemas. Basicamente é isto. Aqui colocaram pessoas no Comitê organizador, nacional e local, que nunca devem ter administrado o churrasco dos amigos.
Chegar no destino final, o estádio, foi uma dificuldade enorme. Não tinha indicação, as pessoas não sabiam e, mais, diferentemente do Recife, onde se tinha boa vontade, tirando os voluntários, a maioria do restante. Gente que é paga para estar onde está, daqui da Bahia e quem de fora, tinha uma empáfia e arrogância assustadora.
Sei que tivemos problemas com manifestação e muitos policiais determinando onde as pessoas podiam ir ou não. Só que isto, também, tinha de ser planejado. No fundo, a realidade da Copa das Confederações é uma só: não se preparam para o evento.
O comitê local, do qual o senhor Ronaldo faz parte, não fez um trabalho individual em cada sede e o que fez não foi atendido. Agora todos estão batendo cabeça. A evolução é necessária. Tem muita gente bem paga, que deveria fazer jus ao que ganha. Falta qualidade. A situação é mais confusa do que na África do Sul.
Isto não é minha praia. É mais para o jornalismo local. Mas vejo a policia também batendo a cabeça neste momento de crise. Seja com ações ligadas aos jogos – ou não.