Doping no futebol do Rio
Téo José
Carlos Alberto, Deco e Michael tiveram seus exames antidoping como positivos no Rio de Janeiro. Nesta semana começam os julgamentos. Devem pegar penas de um a dois anos. São três casos com futuros bem diferentes.
Carlos Alberto tem contrato até o início de agosto. Antes do problema foi oferecido para vários times e procurado por outros. No Vasco a situação estava parada, mas com problemas de grana, existia a possibilidade de uma conversa para se tentar baixar salário e acertar a renovação até o fim do ano. Agora vai ficar sem clube e terá uma situação de carreira bem complicada. Carlos Alberto é o tipo de jogador que recebe elogios pela qualidade, mas não tem sequência e em muitos casos parece pouco comprometido. Se não mudar muita coisa, vai começar a descer a ladeira.
Deco já estava planejando sua aposentadoria. Tem contrato até o fim de 2013. Não sei se terá motivação para cumprir a punição e voltar a jogar, encerrando sua carreira de uma forma melhor. Seria triste anunciar o fim por causa de punição de doping.
Já o garoto Michael, que apareceu no campeonato carioca, era uma nova esperança no Fluminense. A diretoria tem dado apoio, depois das revelações de ser usuário de cocaína. Não sei quantas vezes, se uma duas ou três como se tem falado. Este preocupa mais. É garoto, tem 20 anos. O caminho na vida depende só dele. Este caso abre uma outra discussão nas categorias de base. Os clubes precisam formar atletas e homens. Faltam na grande maioria dos times brasileiros um trabalho mais serio, profundo e profissional com a garotada. Valores são revelados, mas muita gente já sobe para o profissional com a cabecinha estragada.