Blog do Téo José

A pressão voltou para o Massa?

Téo José

Depois de finalizar duas classificações e uma prova na frente do seu companheiro de equipe, mas sem subir ao pódio, Felipe Massa voltar a ter uma situação dentro da Ferrari parecida com aquela de boa parte do ano passado. As atenções se voltam para Fernando Alonso, que venceu o GP da China no último domingo.

Resultado que tirou bastante a pressão em cima do time. Este é um ano fundamental na Ferrari e, também, para seus pilotos. Não coloco em dúvida as qualidades do Alonso, o melhor da atual F1, só que ele foi contratado para dar de novo um titulo a escuderia.

Neste começo de temporada, o carro pode até ainda não ser o mais rápido em todos os circuitos, mas tem potencial e é bem diferente das temporadas passadas. Problema não parece existir. O que falta é desenvolvimento. Normal nesta época do ano para qualquer equipe.

Massa na China esteve bem apagado. Fez umas cinco boas voltas e depois sumiu dentro do pelotão intermediário. Culpou as dificuldades com os pneus, coisa que todo mundo está enfrentando. Novamente foi cobrado pela imprensa italiana e, claro, foi preciso dar explicações ao pessoal da Ferrari.

Não tenho dúvida de que ele está mais forte mentalmente. A confiança mais alta. Só que isto no automobilismo não basta. É um passo importante , mas o que vale mesmo são os resultados. Acho difícil ele andar na frente do companheiro, mas no mínimo estar próximo. Os carros são iguais.

Por isso vejo esta prova do domingo no Bahrein fundamental para o prosseguimento do campeonato. Se Massa conseguir aquilo que se espera dele, pode ser um ano diferente. Caso contrário, vamos ter o mesmo panorama do ano passado. Ainda é cedo, mas para o Felipe não. O tempo está passando.

— Os tais pneus, que nunca foram tão falados na Fórmula 1, serão mais uma vez a peça chave para um bom resultado no Bahrein. A Pirelli levou compostos médios e duros. As temperaturas serão bem mais elevadas do que as registradas até agora e mesmo sem os macios poderemos ter um número maior de trocas do que o previsto.

A Pirelli prevê três paradas. Mas a mesma fornecedora tinha intenção de manter os macios e médios, utilizados no ano passado. Depois das primeiras corridas mudou de ideia.