Não sou destes que ficam policiando os salários dos jogadores e treinadores no Brasil. Mas vendo as dificuldades financeiras dos clubes, não posso fechar os olhos. O Fluminense, atual campeão, com grande apoio de um patrocinador, está em dificuldades para fechar as finanças do ano. Precisou ir a banco para obter um empréstimo e, mesmo assim, ainda não está totalmente tranquilo para chegada de janeiro.

Hoje nenhum jogador médio pede menos de 200 mil reais de salário. Ou estamos ganhando muito mal ou estamos com o futebol, por estes lados, totalmente fora da realidade. Fico com a segunda opção. Tudo bem que vivemos o ''boom'' do investimento esportivo, mas não significa que precisa se queimar dinheiro. Aliás, se tem uma frase que acerta na mosca neste caso: Dinheiro não aceita desaforo.

Pagar 400, 500, 600 mil para vários jogadores em um só clube e mais uns 600,700, 800 mil para treinadores é pedir para as finanças não fecharem. Sem grana, no fim das contas, como investir nas categorias de base? Digo sempre aqui: o futebol precisa de profissionalismo e isto é ver o futuro. Definitivamente o futuro não está nestes altíssimos salários e e contas que não fecham.