Duas do futebol carioca
Téo José
A Federação de Futebol do Rio de Janeiro, com anuência dos clubes, resolveu seguir o exemplo da Confederação Sul-Americana na Copa – que leva o mesmo nome – e abolir a suspensão com cartões amarelos. No lugar de tirar o jogador com acúmulo de três, agora vale multa. Amarelou, a federação leva quinhentos reais. Com isto a violência e o antijogo estarão mais presentes. Com uma atitude como esta, até parece que temos jogadores bem disciplinados e arbitragem nota 10.
Uma pena. No momento em que quase todos que gostam do futebol se preocupam com um espetáculo melhor, com partidas com a bola sendo bem tratada, os dirigentes criam regras que vão para o lado contrário. Na boa, não perderei meu tempo tentando entender o porquê. Será que a federação carioca está quebradinha?
A outra que envolve o Rio é sobre o Maracanã. Os clubes ficaram de fora da possibilidade de ganhar a licitação para o controle do estádio. Depois de pronto, este será entregue a iniciativa privada. O que acho muito certo. O Botafogo tem o controle do Engenhão. Explora e mantém. Fluminense e Flamengo queriam entrar no processo pelo Maracanã.
Não lamento, acho que se cair em uma empresa que tenha a visão de lucro e uma exploração melhor para o estádio: ótimo. O que vejo no Engenhão é uma praça entregue ao Botafogo e depois disso pouca coisa foi feita. Quase nada. Os clubes brasileiros, com alguma exceção, não estão preocupados em fazer de seus estádios modelos. O Botafogo é um exemplo.
Prefiro que venha gente com novas ideias e, quem sabe, tenhamos praças esportivas como a maioria daquelas nos EUA e na Europa?