Números que mostram outra realidade…
Téo José
Não é só a Seleção que perdeu a essência do antigo futebol brasileiro. Hoje é normal ver o time escalado por Mano Menezes com três volantes, mas sem as características, por exemplo de um Falcão (sim, na época era também considerado volante) ou Toninho Cerezo. Hoje, gente de marcação mesmo. Sempre que vou fazer um jogo na Band, procuro me produzir com vários tipos de informação. E alguns números tem chamado minha atenção. Vamos lá, de uma forma bem breve.
Dificilmente um time da serie A tem em média mais de 12 dribles por jogo. Quase nenhum chega a quatro cruzamentos certos, com a bola movimento, por partida. Em número de faltas quase todos beiram 18, 20 – o que dá uma média no campeonato todo de 37 por confronto.
Gente, é muito pouco!
Estamos falando de um futebol que já foi chamado de arte. Se temos 12 dribles por partida, tem muita gente que sai de campo sem conseguir um. Nossos laterais não chegam mais ao fundo e quando conseguem erram mais do que acertam.
Outro dado que me chama atenção, antes desta 17ª rodada, é o número de gols de falta: apenas 18 em 159 jogos. Este é fundamento, treinamento, mas também talento.
Está na hora de uma reflexão maior. Dos treinadores, jogadores, dirigentes e nossa mesmo. E ver que não somos mais os mesmos. Estamos bem longe do passado. Só vendo os problemas e os erros é que podemos crescer.
Por aqui, como tenho dito várias vezes, os tais ''professores'' — treinadores- estão acabando com o que já foi um dia o melhor futebol do mundo.
Hoje, não é mais.