Estamos agora a menos de duas semanas do inicio da temporada 2012 da Fórmula 1. Dia 18  será dada a largada com o GP da Austrália. Depois dos testes realizados em Jerez e Barcelona, na Espanha, não mudo minha visão de favoritismo. A Red Bull começa o ano muito forte e com as maiores possibilidades de título. A Lotus, que obteve marcas rápidas, não está no meu primeiro grupo, vai brigar para ser a quinta força – quem sabe dando trabalho para ser a quarta, se a draga do momento da Ferrari continuar.

Vejo a Red Bull ainda mais forte do que o fim do ano passado. A McLaren parece que tem um bom carro, mas não sinto tanto otimismo nas declarações que vêm de lá. A Mercedes começa 2012 como terminou em 2011, correndo atrás, mas com um projeto muito tímido, pelo motor que tem e poderio. É uma pena ver a equipe demorar tanto tempo para encontrar o caminho. Se continuar assim, a fonte pode secar — como aconteceu com Honda, Toyota e Renault.

A Ferrari quis ousar (o que não é seu estilo) e pelo visto fez um carro ruim. Este papo de proibir os pilotos de darem declaração e dirigente afastar a possibilidade de pódio na primeira corrida mostra bem o clima interno. Carro quando nasce errado é difícil ter conserto, vejo um ano complicado para escuderia e no meio da crise cabeças vão rolar. Felipe Massa que anda com pouca força por lá, pode ser um dos principais alvos, junto com Stefano Domenicali — um comandante que já teve tempo de mais para provar alguma coisa e não aproveitou.

A Williams, do Bruno Senna, jogou para torcida. O brasileiro resolveu ressaltar a durabilidade do carro. Quando vai por esta linha é que a situação também não é boa. Vou ficar surpreso se o carro for pelo menos um pouquinho competitivo. Creio ser mais uma bomba no grid de 2012.

Tudo isto no campo da avaliação, principalmente das declarações. Um bom termômetro serão os testes de sexta e sábado na Austrália. A prova em mais um horário terrível, às três da manhã, como também a classificação.