Mais profissionalismo e o não fim da concentração
Téo José
Em meio a um começo de ano com jogos de baixo nível nos campeonatos estaduais, com culpa para os dois lados, dos maiores e menores clubes, vejo algo novo: o Vasco nos últimos dois jogos – contra Bangu e Friburguense – aboliu a concentração. Na verdade trata-se de um protesto dos jogadores contra o constante atraso de salários. Venceu as duas partidas e não se teve nenhuma noticia de excesso de jogadores nas noites anteriores aos compromissos. Na Europa várias equipes já não se concentram mais.
Com os bons resultados, hoje o Vasco é um dos poucos (bem poucos) times grandes do Brasil jogando bola. O técnico Cristovão Borges já pensa em abolir de vez a concentração. Uma decisão que terá de ser tomada entre ele, diretoria e jogadores.
Vai dar certo? Neste grupo do Vasco pode dar. Todos trabalham por resultados e os egos são bem controlados. Existe um compromisso do grupo e isto é o mais importante. Só que se entrar uma 'laranja podre', tudo pode dar água. Outras equipes pelo Brasil como Flamengo, Grêmio, Atlético-MG não podem, nem de longe, pensar e acabar com a concentração. Tudo também depende do comandante e não é questão de ser duro ou mais liberal. A questão é de confiança com os jogadores e isto Cristóvão tem de sobra.
Esta é uma situação isolada de cada clube. Mas aqui no Brasil poucos podem pensar em abolir a concentração. O que mais vemos é muito jogador com a bola bem cheia e se achando dono do mundo se esquecendo porque é famoso, porque ganha bem e tem regalias. No fundo falta é muito profissionalismo no esporte do Brasil.
Não me venham falar em condição financeira. E questão de consciência, responsabilidade educação. Três palavrinhas esquecidas por aqui
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Camylla
06/02/2012 19:53:01
A princípio fiquei com medo de o fato de não ter concentração alterar o rendimento do time, mas se não está tendo alteração dos resultados dentro de campo e os jogadores tem a consciência de não "aprontar" antes dos jogos, quem sabe não seria uma boa o fim da concentração. Arriscado, mas poderiam tentar para ver o que aconteceria.
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