Seleção e as convocações de Mano
Téo José
Na vitória da última segunda-feira, um a zero contra Gana, vi o Brasil um pouco melhor com a entrada de Ronaldinho e Marcelo. Mas vi também um time de pouca criação coletiva e vivendo de boas jogadas destes dois e atuações, com algum destaque, de Neymar e Leandro Damião. Não venham falar que falta tempo para treinar, porque a base ficou junta mais de um mês na Copa América.
Falta é dedo de treinador.
Mas o pior estava por vir. Algumas horas depois saiu a convocação, só com jogadores que estão no Brasil, para o primeiro jogo contra Argentina, em Córdoba, dia 14 de setembro. Mano Menezes, mais uma vez, inventou.
Vamos a alguns nomes, que não estariam nem no esboço do meu time: Cortês (Botafogo) e Mario Fernandes (Grêmio). Eles têm potencial, mas ainda estão verdes, bem verdes, principalmente em se tratando de pegar a Argentina. Jogam nas laterais e aí não podem falhar. Convocar jovens do meio para frente ainda vai… mas atrás? Contra nosso maior rival, só gente tarimbada. Outro que não levaria é o Kléber, do Inter, já passou sua hora.
Paulinho e Rômulo, na marcação do meio de campo, não estariam nem de longe em minha lista. Arouca de fora por lesão, teria que ir se estivesse 100%. Willians, do Fla, também seria melhor.
Cícero e Renato Abreu também são um exagero. Renato não é unanimidade nem na torcida do Fla e Cícero chegou agora ao São Paulo. Desta forma era melhor levar Juninho Pernambucano, Dagoberto, Elkeson (Botafogo) e mais meia dúzia.
Na frente, Mano continua acreditando em Fred. Por isso deixa de lado o artilheiro do Brasileirão – Borges.
Discordar de nomes é normal em qualquer convocação. O pior é a falta de critério, porque se trata de uma mistura de idades. Não está pensando no futuro, com as Olimpíadas, e nem na Copa de 2014. Uma convocação com a cara do trabalho que vem realizando na seleção brasileira: confuso e fraco.