O tempo passa…
Téo José
Não foi nenhuma surpresa o futebol de péssima qualidade apresentado pela seleção brasileira contra a Argentina em Córdoba. Desde a convocação, esperava o que foi visto. Não posso achar que Ronaldinho, Neymar e Leandro Damião vão ter vida fácil – mesmo com Sebá (ex-Corinthians) sendo o capitão adversário. Ralf, Paulinho e Renato Abreu no meio campo. Os dois primeiros são muito esforçados, mas apenas na marcação, e devem ter ficado bem surpresos com a convocação, apesar que Mano já tinha lembrado. Renato Abreu não escalaria nem no Flamengo. No fundo não é unanimidade entre os próprios torcedores flamenguistas.
Só mais um detalhe da filosofia do treinador. Quando Damião deu uma lambreta no marcador e tentou por cobertura, a bola bateu na trave, ia ser um golaço, o repórter afirmou ao lado do banco, não me lembro se foi o Tino ou Mauro, que o Mano ainda reclamou: “deveria ter cruzado.”
Não vou falar de outras posições porque ficaria repetitivo e o jogo já foi. A seleção argentina é, também, uma das mais fracas que já vi jogar. Mas lá o campeonato nacional anda em baixa. Quando fui fazer a etapa da Truck, em Buenos Aires, vi umas três partidas e as equipes, com a crise financeira, estão se arrastando. O pior é que a turma de ontem deu um trabalho danado.
No fundo foi mais um capitulo na trajetória do Mano Menezes. Renovação precisa de tempo, isto é fato. Mas já passamos de um ano e não vejo evolução. Vou mais longe: não vejo planejamento e, principalmente, critério. Convocações equivocadas, forma de jogar que nada tem com nossas características e mudança no estilo dos principais jogadores. Material humano temos, com ou sem renovação. Basta fazer um trabalho correto e com critério. O que não vi até agora e fico sempre me perguntando: até quando?