Blog do Téo José

Arquivo : junho 2013

Jorginho caiu
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Téo José

O Flamengo está sem técnico. Depois da derrota para o Náutico, ontem, em Florianópolis, a diretoria foi mais rápida do que ele em definir a equipe titular e tomou a atitude de demiti-lo – ainda no hotel. A decisão veio não só pela derrota, mas pela maneira da equipe jogar e uma indecisão do treinador sobre quem deveria ser titular ou não.

Jorginho passou mais de dois meses à frente do clube e ainda não tinha em sua cabeça o 11 titulares. Sem falar que eu, particularmente, neste tempo, fiquei tentando olhar um esquema tático e estou procurando até agora.

Foram sete vitórias, quatro empates e três derrotas.

Analisando só os números, diria que o trabalho foi razoável. Vendo o time jogar, a história é outra. Falta muita coisa. Sim, também, faltam melhores jogadores, mas quando o elenco é ruim o técnico tem de fazer a diferença.

Ainda não é o caso. Nesta sua carreira de técnico ainda não vi um trabalho para servir de modelo. A melhor passagem foi pelo Figueirense.

Apesar de sempre achar que os técnicos com mais tempo de casa têm melhores chances de se dar bem, no caso do Jorginho estou com a diretoria. Não passava confiança e com um grupo limitado você precisa de gente com outro perfil para dirigir.

O importante agora é não cometer mais erros. O novo contratado deve sair até segunda-feira e vai ter pela frente mais de 20 dias, treinando, para definir seus titulares e uma esquema tático. Coisa que o Flamengo não teve, quase, nos três últimos meses.


Tempo abranda problemas de pneus
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Téo José

As temperaturas em Montreal, local da sétima etapa da temporada de F1, neste final de semana, estarão mais baixas. A máxima não deve passar dos 19 graus. Existe a possibilidade de chuva na sexta, no sábado mais fraquinha e – também – no domingo.

Apesar que, no dia da prova, a indicação neste momento é de precipitações mais para o fim da tarde. De qualquer forma, a boa notícia para Mercedes é que o calor, até comum nesta época do ano, não deve ser sentido em Montreal.

Mesmo assim, vejo poucas possibilidade para o time de Lewis Hamilton. Já tivemos provas com estas temperaturas e os compostos sofreram bastante. O panorama deve ser o mesmo de antes de Mônaco: Red Bull, Ferrari e Lotus na briga pela vitória.

Até acredito em uma Ferrari um pouco mais forte. Algumas mudanças aerodinâmicas foram feitas e no dinamômetro o resultado foi bem interessante. Vamos ver na prática. É uma pista com longas retas, o que pede menor pressão aerodinâmica, o que é bom para a escuderia italiana.

Vejo esta prova como fundamental para colocar [ou tirar] a pressão interna na Ferrari. Principalmente em cima do Alonso. Contratado para ser o número 1. Mais: chegou para dar o titulo a equipe. As cobranças já começaram, mesmo que de forma velada.

Sem um bom carro, vai ser a vez dele abrir a boca. Massa terá um novo chassis. O que não muda nada.


As transformações com novos estádios
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Téo José

Na nossa conversa de hoje, vou tentar ficar fora das promessas não cumpridas e das obras inacabadas nos estádios para Copa do Mundo. Como disse, no fim de semana, é uma pena que não teremos o legado esperado e que o papel aceitou tudo e a prática tem sido diferente. Também afirmei que com relação aos jogos, das partidas de futebol em si, não tenho receio para Copa.

Depois destas linhas, vamos ao ponto: vejo muita gente reclamando que com os novos estádios torcer vai ser no estilo “coxinha”. Não concordo. Claro que as coisas vão mudar. As arenas mais modernas, com cadeiras, melhores banheiros, facilidade nos acessos, organizam o que é uma verdadeira bagunça. Não são só as da Copa. Em Porto Alegre já estamos vendo mudanças. O local que a torcida do Grêmio fazia a tal avalanche teve de ser adaptado para melhorar a segurança.

Sempre busquei olhar para qualquer evento esportivo como um espetáculo e não apenas um jogo. Você sai da sua casa para torcer e se divertir. Isto não significa que você tem que sofrer. Talvez por isso a média de idade do torcedor tem diminuído e a presença de famílias também caiu bastante.

O que cresceram foram as organizadas, mesmo sendo proibidas em vários locais. Ir ao estádio, hoje em dia, significa não ter lugar para parar carro, lugar não marcado, banheiros ‘porcos’ e em alguns lugares – como Pacaembu – os horríveis banheiros químicos. Serviço de bar, um lixo. Sem falar na segurança, que é um loteria.

Com os novos estádios se espera uma adaptação da população e que estes serviços melhorem. Pelo menos é a filosofia. Sobre preço dos ingressos e dos produtos de bar, espero que sejam justos. Mas, geralmente, o mercado regula isto. Prova são os jogos recentes do Palmeiras na Série B – começaram com um preço mais alto e agora estão com outro.

Quem tem a oportunidade de ver um jogo de futebol no Santiago Bernabeu ou Camp Nou, na Espanha, volta falando maravilhas e se comporta. Porque o clima, o ambiente, é para ter pelo menos educação. O que anda mais escasso por aqui. Da mesma forma quem vê um jogo da NBA ou mesmo de beisebol nos EUA.

Voltando à Europa, as torcidas fazem uma festa linda em estádios parecidos com os novos daqui e todos comemoram que as condições de conforto e visibilidade melhoraram com as evoluções.

As novas “arenas”, com obras bem feitas e com garantias das construtoras, podem ser o começo de uma grande mudança para começar a se pensar, aqui também, em um jogo de futebol como um evento. Um espetáculo do esporte.

O torcedor, com um pouquinho de boa vontade, se adapta com mais educação e cobrança dos seus direitos. O que, em muitos casos, não vemos hoje nos diversos velhos e ultrapassados estádios pelo Brasil. A alma de um local está no comportamento das pessoas e na energia. Não na obra de concreto.