Blog do Téo José

Arquivo : junho 2012

Corinthians preciso
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Téo José

O Corinthians, dentro de sua filosofia, fez uma de suas melhores partidas nesta Libertadores e saiu da Vila Belmiro – que teve apagão e capacete de policia sendo jogado em campo, coisas lamentáveis – com a vantagem de um a zero sobre o Santos. Joga agora pelo empate. Ou seja, na próxima quarta já começa a partida classificado para as finais.
Já deixei claro aqui que gosto mais do futebol ofensivo. Mas não posso ignorar o bom trabalho que faz o Tite, desde o brasileiro do ano passado. Tem um time nas mãos e, com as peças atuais, bota todo mundo para marcar. Ataca pouco. Não é o que gosto de ver, mas é o que tem dado resultado. O time teve poucas oportunidades de gol, mas foi preciso. Marcou, como sempre, muito e também manteve seu índice de poucas faltas – um mérito de quem está bem treinado e entende a filosofia de seu comandante.
O forte do Corinthians é o jogo defensivo e aí está uma grande vantagem. O time não precisa mais marcar gol. Se não tomar, já está na final. Anularam o Neymar, que vem numa sequência de partidas fracas, sem precisar cassá-lo.
Ontem, o Corinthians foi um time preciso, inteligente e muito aplicado.
Claro que ainda dá para o Santos. Mas vencer o Corinthians no Pacaembu, com uma torcida que joga junto o tempo todo, é bem complicado. Vejo o time muito dependente de Neymar e Ganso e isto é ruim, porque nem sempre eles vão decidir. Já vimos isto em outras partidas.
O time não tem lateral. O Juan, que muita gente anda elogiando, é o mesmo (de toquinhos pro lado e poucos cruzamentos) do Flamengo. E o Henrique precisa chegar mais vezes na linha de fundo e cruzar – não só jogar bola na área. Quando se joga com uma equipe fechadinha, os laterais passam a ser uma ótima opção. Isto é básico.
Tudo está aberto. Ainda mais quando se tem um Muricy do outro lado. Mas que o Corinthians tem uma vantagem enorme, isto tem.

Copa do Mundo sempre foi mais do que estádios e jogos
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Téo José

Já tem alguns dias que venho pensando sobre este assunto. Já falei aqui de uma certa inércia dos governantes e dirigentes com relação a Copa do Mundo – que é muito mais do que estádios. É sempre a oportunidade de melhorar a vida, o dia-a-dia das pessoas que vivem no país escolhido. Estamos a exatamente dois anos do inicio da competição. Ao mesmo tempo, estamos vendo a realização da Eurocopa na Polônia e Ucrânia, países que não nadam em dinheiro e ainda têm muitas dificuldades. Apesar de estarem em um continente bem mais desenvolvido.

O que me chamou atenção foi não ver ninguém, da organização daqui, dando uma passadinha por lá, para observar o que está sendo feito (de forma correta ou não). É a última grande competição para buscar ideias. O que vejo são políticos, inclusive o ministro de esportes atual, José Aldo Rebelo, com pronunciamentos otimistas e com pouca base prática. Logo ele, escolhido também pela boa postura na sua trajetória.

No portal Globo.com, ele afirma que Copa do Mundo não tem mistério. Não deveria. Mas neste país tem sim, em todos os sentidos.

Nesta semana o governo federal empurrou quase 405 das obras prometidas. Quando se ganhou a candidatura para ser sede, foram empurradas para o PAC, com chances mínimas de serem realizadas. No fundo, não serão. Se a Copa não for tratada com seriedade e não tiver uma verdadeira força tarefa e vontade política enorme (infelizmente passamos pela ‘vontade política’), este país vai perder uma grande oportunidade de nos deixar um ótimo legado.

Copa do Mundo sempre foi muito mais do que estádio e um mês de competições.


Corinthians precisa de planejamento
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Téo José

Não existem dúvidas de que o Corinthians, nos últimos anos, se transformou em um clube mais organizado. Nem por isso as falhas deixam de existir. Nesta temporada o time ficou dividido entre Paulista e Libertadores e, agora, Brasileiro e Libertadores. O Paulista já foi. A Libertadores está na reta final. Sabemos que a competição internacional é mais do que um objetivo para o corintiano, é uma verdadeira obsessão. Mas, nem por isso, pode-se abrir mão de competições importantes – como o certame nacional. Estamos cansados de ver, na Europa, com times de orçamento não tão grande, um bom planejamento. E por aqui também.

Hoje o faturamento do Corinthians é bem respeitável. Dava para encarar as duas competições, com uma estrutura melhor. Não dá para em um campeonato de pontos corridos, você depois de quatro rodadas somar apenas um ponto e amargar a última posição (11 pontos atrás do líder). Por mais que o torcedor diga que o importante é Libertadores, no fundo se sente incomodado. Estamos falando de um clube grande e não uma equipe que sempre luta para se manter na série A.

Faltou planejamento sim. E está faltando mais ousadia da diretoria e comissão técnica de, pelo menos, colocar um time misto no Brasileirão. Este papo de poupar, poupar e poupar pode ser de um prejuízo enorme lá na frente. Muitas vezes, quando se quer muito, acaba se ficando sem nada. Sou totalmente a favor de encarar as duas competições de peito aberto. E mais: que o futebol seja feito com planejamento e na prática. Não só de boca pra fora.


Justin Wilson conquista o Texas
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Téo José

O final do GP do Texas, sétima etapa da temporada 2012 de Fórmula Indy foi emocionante e diferente. Diferente porque nenhum daqueles chamados “favoritos” à vitória conseguiram chegar e o inglês Justin Wilson cruzou a linha de chegada na primeira posição para ganhar a primeira do ano.

O melhor brasileiro foi Hélio Castroneves em 7º lugar. Tony Kanaan terminou na 11ª posição. Rubens Barrichello nem chegou a largar, depois de problemas no seu carro. Will Power, líder do campeonato, terminou na oitava posição.

Resultado final:

1. Justin Wilson – Dale Coyne, 228 voltas

2. Graham Rahal – Ganassi, a 3.9202

3. Ryan Briscoe – Penske, a 5.8619

4. James Hinchcliffe – Andretti, a 10.4511

5. JR Hildebrand – Panther, a 18.7749

6. Simon Pagenaud – Sam Schmidt, a 21.3883

7. Helio Castroneves – Penske, a 1 volta

8. Will Power – Pneske, a 1 volta

9. Alex Tagliani – Brian Herta, a 1 volta

10. James Jakes – Dale Coyne, a 1volta

11. Tony Kanaan – KV, a 1 volta

12. Ed Carpenter – Carpenter, a 1 volta

13. Josef Newgarden – Fisher Hartman, a 2 voltas

14. Dario Franchitti – Ganassi, a 3 voltas

15. Katherine Legge – Dragon, a 4 voltas

16. Mike Conway – AJ Foyt, a 4 voltas

17. Marco Andretti – Andretti, a 6 voltas

18. Scott Dixon – Ganassi, a 55 voltas

19. EJ Viso – KV, a 99 voltas

20. Oriol Servia – Dreyer & Reinbold, a 139 voltas

21. Ryan Hunter-Reay – Andretti, a 162 voltas

22. Takuma SatoHonda – Rahal Lettermann, a 165 voltas

23. Charlie Kimball – Ganassi, a 199 voltas

24. Rubens Barrichello – KV, a 228 voltas

25. Simona de Silvestro – HVM, a 228 voltas


Tagliani faz a pole no Texas
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Téo José

Não deixa de ser surpreendente a pole-position conquistada, nesta sexta-feira, por Alex Tagliani para o GP do Texas de Fórmula Indy. O canadense é o primeiro no grid de quatro carros com motores Honda, mostrando]que as modificações feitas pela montadora japonesa (autorizadas pelos comissários) deram bom resultado.

Tony Kanaan larga da sétima posição. Rubens Barrichello, em seu segundo oval, ficou na 14ª posição e Hélio Castroneves conseguiu a 17ª posição do grid. A corrida é longa, 228 voltas, num oval veloz e perigoso. Por isso, muita coisa deve acontecer na corrida deste sábado à noite.

Estaremos juntos, a partir das 21h30, na Band (ao vivo).

Veja como ficou o grid*:

1. Alex Tagliani – Team Barracuda (BHA), 48s5695
2. Dario Franchitti – Ganassi, 48s5797
3. Graham Rahal – Ganassi, 48s6003
4. Scott Dixon – Ganassi, 48s6507
5. Will Power – Penske, 48s6992
6. James Hinchcliffe – Andretti, 48s7438
7. Tony Kanaan – KV Racing, 48s7934
8. Mike Conway – AJ Foyt, 48s8487
9. Marco Andretti – Andretti, 48s8564
10. Takuma Sato – Rahal Letterman Lanigan, 48s9085
11. Simon Pagenaud – Schmidt Hamilton, 48s9345
12. Ryan Briscoe – Penske, 48s9396
13. Oriol Serviá – Dreyer & Reinbold, 48s9632
14. Rubens Barrichello – KV Racing, 48s9650
15. Ryan Hunter-Reay – Andretti, 48s9699
16. Ernesto Viso – KV Racing, 49s0807
17. Hélio Castroneves – Penske, 49s0904
18. Charlie Kimball – Ganassi, 49s2217
19. Justin Wilson – Dale Coyne, 49s3834
20. Ed Carpenter – EC Racing, 49s4984
21. James Jakes – Dale Coyne, 49s5917
22. Katherine Legge – Dragon Racing, 49s7570
23. Simona de Silvestro – HVM, 51s3364
24. JR Hildebrand – Panther, 51s7089
25. Josef Newgarden – Fisher Hartman, sem tempo

*Soma de duas voltas lançadas


Ferrari é Ferrari
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Téo José

A Ferrari é uma equipe muito estranha. Muito esquisita. Cobrar pilotos de forma incessante, em várias frentes pode, agora divulgar salários (ou algo relativo com grana) nem pensar. E é caso de grande revolta. Andaram publicando na imprensa europeia, aqui também, que o salário do Fernando Alonso está em 30 milhões de euros por ano – quase 76 milhões de reais. O time disse que a informação é descabida. Uma mentira deslavada.

Não creio. Felipe Massa deve estar perto mesmo dos 10 milhões. Isso significa, pelas suas maiores qualidades, que seria justo Fernando ganhar quase duas vezes mais. Pode até ser que de salário mesmo gire entre 20 e 23 milhões. Porém, com bônus de resultados, pontuação e outros prêmios chegue nos 30 milhões. Ou perto disto.

Fiquei tentando entender porque a revolta brava e a rápida missão de desmentir. Aí surgiu uma possibilidade. Será que isto vazou no momento que se busca o segundo piloto para 2012? Pode ser. Se o primeiro ganha perto de 30 milhões, o segundo vai querer uns dez ou mais. Só isto explicaria o barulho todo.

Geralmente os pilotos para o ano seguinte são definidos até o fim de agosto. As opções de renovação de contratos em vigor terminam no fim de julho ou agosto, isto na maioria. Por isso, eu vejo que o time, muitas vezes esquisito, já está se mexendo para 2013. Acredito até que Felipe Massa também.


Ronaldinho mira fase de recuperação
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Téo José

O assunto, desde a semana passada, é Ronaldinho. Esperei a poeira baixar para comentar no nosso espaço. A poeira baixou, mas foi lá em Belo Horizonte. A saída do Flamengo era certa desde o começo do ano, após a pré-temporada em Londrina. Ele não queria ficar e a diretoria gostaria de se livrar de um salário tão pesado (para poucos resultados). O problema estava no dinheiro. Multas e salários atrasados. Então, os dois lados começaram a buscar (ou criar) motivos. Ronaldinho se antecipou. Arrumou as malas e, agora, está na Justiça para receber o que acha correto. O Flamengo até nisto foi mais lento.

Quando anunciou a saída, esperava um novo clube. Mas não tão rapidamente e nem no futebol brasileiro. Ronaldinho mudou a tática. Aliás, precisava. Agora o dinheiro ficou em um plano mais baixo, está recebendo bem menos. Ele quer é mudar sua imagem e se recuperar para voltar a aumentar seu valor no mercado. Como no Atlético-MG o contrato vai até o fim do ano, ele tem um semestre para alcançar o objetivo – que também mira a seleção brasileira. Se vai conseguir esta recuperação é uma outra história.

É uma atitude arriscada do Galo, mas bem interessante. Se Ronaldinho jogar bola, o investimento estará pago. No Flamengo ele fez, em pouco mais de um ano, umas quatro ou cinco boas partidas e umas duas muito boas. No resto, só firula e toques de lado. A vida fora de campo influenciou muito. No condicionamento e na cabeça. A noite em Belo Horizonte é muito agitada e este passa a ser o maior problema.

Para dar certo no Atlético, depende só dele. Se tiver motivado e com disposição de ser realmente profissional, as chances são bem grandes de seu planejamento começar a dar certo.

E você o que acha?